O Esôfago de Barrett é uma condição médica que merece muita atenção por sua relação com o refluxo gastroesofágico crônico. Muitas pessoas são acometidas pela doença do refluxo gastroesofágico, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Assim, a importância de entender melhor a doença, bem como os meios de prevenção e controle desta condição, é cada vez mais evidente.
Por isso, hoje vamos esclarecer aspectos importantes da doença, desde sua definição até as opções de tratamento disponíveis. Quer saber mais sobre isso? Então não deixe de acompanhar a leitura até o final e não perca nenhum detalhe. Boa leitura!
O que é Esôfago de Barrett?
O Esôfago de Barrett é uma condição médica evidenciada à endoscopia digestiva alta e confirmada por biópsia. Nela, o revestimento normal do esôfago é substituído por um tecido que parece muito o que reveste o intestino. Isso acontece, na maioria das vezes, em pessoas que têm um longo histórico de refluxo ácido. Trata-se de quando o ácido do estômago sobe para o esôfago, causando danos e inflamação crônica.
Com o passar do tempo, esse contato prolongado com o ácido estomacal pode provocar mudanças nas células do esôfago inferior. Consequentemente, leva ao desenvolvimento da condição chamada Esôfago de Barrett.
O Esôfago de Barret em si não é uma doença, mas uma demonstração da cronicidade de doença do refluxo e de seu mau manejo. Embora essa alteração em si não seja cancerígena, ela aumenta o risco de desenvolver adenocarcinoma esofágico – um tipo de câncer de esôfago.
Dessa forma, o diagnóstico e o acompanhamento regular são extremamente importantes para pacientes que apresentam a condição. Com isso, monitoram-se quaisquer mudanças e tratam-se as complicações potenciais antes que se tornem mais graves.
O que causa o Esôfago de Barrett?
Como vimos, o Esôfago de Barrett é causado pelo refluxo crônico de ácido do estômago para o esôfago. Esse problema inicial pode danificar o revestimento interno e levar à mudança celular característica da doença.
Quais são os sintomas do esôfago de Barrett?
O Esôfago de Barret não causa sintomas. Os sintomas associados a essa condição são os presentes na doença do refluxo gastroesofágico.Os sintomas dessa doença podem ser bastante incômodos e afetar diretamente a qualidade de vida e a rotina. Dessa maneira, buscar ajuda e acompanhamento médico é o ideal, desde o início da doença.
Veremos os principais sintomas a seguir, confira:
Dor no peito
Embora não seja o sintoma mais típico da doença do refluxo, dor no peito não relacionada a esforço físico pode estar presente na doença do refluxo e no esôfago de Barret. Esse deve ser um sinal de que algo está errado, para que o paciente procure ajuda médica especializada. Afinal, dores no peito podem estar relacionadas a condições cardíacas e, quando essas são descartadas, o diagnóstico de alterações gastroesofágicas deve ser aventado.
Azia ou queimação
É bastante comum que pacientes que desenvolveram Esôfago de Barrett tenham a sensação de queimação persistente. Ademais, esse é um dos sintomas mais comuns e pode indicar danos ao esôfago.
Desse modo, faz-se necessário procurar assistência médica o mais rápido possível, para evitar prejuízos maiores ao órgão.
Arrotos (eructações) constantes
Um sintoma menos conhecido, mas indicativo de refluxo e, consequentemente, do Esôfago de Barrett, são os arrotos, ou eructações, constantes.
Então, caso não haja razão clara para desenvolver o sintoma, é importante consultar um especialista na área. Nesse contexto, ele certamente vai investigar o possível surgimento da doença.
Gosto ruim ou amargo na boca
Pacientes que desenvolveram Esôfago de Barrett também podem sentir um certo gosto desagradável ou amargo na boca. Esse problema é igualmente persistente – continua mesmo após a escovação ou o consumo de balas e pastilhas para o hálito, por exemplo. Ocorre devido ao ácido que chega à boca como resultado do refluxo.
Tosse frequente
A tosse causada por problemas respiratórios ou pulmonares costuma ser carregada. Ao contrário, a tosse no caso da doença do refluxo é seca e geralmente vem de uma irritação na garganta.
Afinal de contas, a tosse crônica pode ser uma resposta do corpo ao ácido que irrita o esôfago e a garganta.
Voz rouca
Por fim, outro sintoma comum da doença do refluxo é a voz rouca, que pode evoluir para dificuldades para falar. A rouquidão é causada em razão da irritação crônica da laringe pelo ácido estomacal.
Qual é o risco de adenocarcinoma do esôfago?
Pacientes que desenvolvem o Esôfago de Barrett têm um risco maior de desenvolver adenocarcinoma do esôfago. Este, como mencionamos, é um tipo agressivo de câncer esofágico.
Embora a maioria das pessoas com essa doença nunca desenvolva câncer, a condição eleva o risco em comparação à população geral. Por isso, é muito importante sempre fazer exames de endoscopias com biópsias. Assim, detecta-se o mais cedo possível qualquer sinal de avanço para câncer.
Como é feito o diagnóstico do Esôfago de Barrett?
O diagnóstico do Esôfago de Barrett acontece através de uma endoscopia digestiva alta. Ela permite que o médico visualize o esôfago e identifique as áreas suspeitas de alteração.
Durante o procedimento, são tomadas biópsias, importantes para confirmar a presença de células características do Esôfago de Barrett.
Além disso, o acompanhamento regular com endoscopias também é ideal. Ele monitora a condição e detecta precocemente qualquer sinal de progressão para adenocarcinoma esofágico.
Como é o tratamento do esôfago de Barrett?
O tratamento para a condição varia entre mudanças no estilo de vida e medicamentos para controlar o refluxo.
Quando deve procurar um especialista?
É importante procurar um especialista quando os sintomas do refluxo não passarem. Faça isso principalmente se houver sinais de alarme, como dificuldade para engolir ou perda de peso inexplicada.
No caso do surgimento de qualquer sintoma, como os listados anteriormente, também é importante procurar um médico de confiança. Agende uma avaliação conosco!
Conclusão
O Esôfago de Barrett é uma condição que requer atenção e cuidados adequados. Assim, compreender sintomas, riscos associados e opções de tratamento é fundamental para o cuidado efetivo da doença.
Converse com um especialista sobre possíveis sintomas e mantenha sua saúde em dia!
