As indicações da pancreatectomia variam desde a presença de lesões inflamatórias benignas a neoplasias malignas. Muitas vezes, são cirurgias desafiadoras por causa do diagnóstico da lesão a ser tratada, pelo porte cirúrgico e pelos cuidados pós-operatórios necessários.
O conhecimento técnico da equipe assistencial e o esclarecimento das dúvidas são essenciais para o sucesso neste tratamento.
A pancreatectomia pode ser realizada com a finalidade para a remoção completa do pâncreas (pancreatectomia total) ou apenas para a retirada da cauda (pancreatectomia distal). Na segunda opção, muitas vezes o baço também é removido.
Para o procedimento, são feitas de quatro a seis incisões no abdômen do paciente, onde é inserido gás carbônico para que o médico cirurgião possa enxergar a cavidade por dentro. A retirada de todo o pâncreas é realizada com uma pequena ampliação de uma das incisões que foram feitas no abdômen.
As possíveis complicações cirúrgicas decorrentes deste procedimento incluem vazamento entre as conexões dos órgãos envolvidos na cirurgia, infecções, hemorragia, alterações gástricas, perda de peso, problemas intestinais e diabetes.
Quando o pâncreas é removido completamente, os pacientes ficam sem quaisquer células que produzem insulina e outros hormônios, que ajudam a manter níveis seguros de açúcar no sangue. Por isso, é comum que algumas pessoas desenvolvam diabetes, que pode ser difícil de controlar por se tornarem dependentes de insulina.
Após o procedimento, o paciente ficará mais alguns dias internado para tomar os medicamentos necessários e ficar em observação
Ao receber alta, o paciente receberá instruções dos médicos sobre os curativos e medicamentos e poderá retornar às suas atividades normais em 30 dias, caso esteja se sentindo bem.
O paciente poderá descer escadas, subir e caminhar sem nenhum problema, mas deverá evitar esforços físicos por 60 dias.